7 hotéis ecológicos a descobrir em Portugal

No nordeste transmontano, espalhado por três hectares no coração do Parque Natural de Montesinho, o Cepo Verde é um turismo de natureza ecológico e barato, com opções para todos os gostos. Está certificado pelo Instituto de Conservação da Natureza e Floresta e tem o selo internacional de qualidade ambiental da GreenKey.

Numa zona alta de montanha, muito arborizada com castanheiros, carvalhos e cerejeiras distribui-se uma zona de campismo, com 40 lugares espaçosos e com sombra para tendas e caravanas. Tem todas as comodidades esperadas de um bom parque de campismo, como balneários com água quente, ponto de descarga de sanitas químicas e águas residuais de autocaravanas, churrasqueiras, pontos de água potável e minimercado. Há também uma piscina, parque infantil, campo de jogos, museu aberto com artefactos tradicionais, lagar de vinho, adega, garrafeira e cozinha regional.

No centro da área do Cepo Verde encontram-se cinco pequenas casas tradicionais, réplicas das casas típicas da região em pedra e madeira. São T1 e T2, com kitchenette bem equipada, casa de banho e um pequeno alpendre.

Existe ainda um protótipo de alojamento ecológico, entre uma tenda e um bungalow, 100% nacional, patenteado e exclusivo do Cepo Verde. É uma cabana rotativa, com uma cama para duas pessoas, uma mesa, bancos, caixas de arrumação, um ponto de luz e uma tomada. Toda em madeira e cortiça, tem uma grande janela e faz rotação de 360°, o que permite usufruir da paisagem desejada a toda à volta e otimizar a luz solar.

Uma vez que se encontra no centro do parque natural tem nas imediações vários percursos pedestres sinalizados e zonas de observação de aves. Além disso, consoante a altura do ano, organizam-se atividades específicas como a apanha da castanha e das cerejas ou fazer pão em forno tradicional.

O mote do Bukubaki é “unir a paixão pelo estilo de vida ativo associado ao surf, skate, ciclismo e caminhada, com o desejo de tranquilidade e serenidade, promovendo a consciência pela natureza e o regresso do ser humano ao seu ecossistema natural.”

Localizado junto a Peniche, uma das “capitais” do surf em Portugal, é um glamping ecológico que se assume como um local para férias ativas e em família e se baseia nos princípios da sustentabilidade, sem comprometer o conforto dos seus hóspedes. Aqui dá para reservar aulas de surf, yoga e skate.

Pode escolher entre uma casa na árvore ou uma tenda canadiana, inseridas num complexo no meio de pinheiros e eucaliptos, com várias áreas comuns. Há uma zona wellness com sauna finlandesa e estúdio de massagens, uma sala de yoga, um skate bowl e uma piscina de água salgada. No Gastro Bar Juncal N.6 oferecem uma cozinha com produtos de agricultura local e do mar, sem esquecer as opções vegetarianas e vegan, bem como uma boa carta de cocktails.

As casas na árvore são estruturas de madeira, suspensas em estacas entre as árvores. As mais pequenas têm dois quartos e as maiores acrescentam um sofá-cama dando para seis pessoas. Têm casa de banho privada com chuveiro, sala de jantar com kitchenette e um terraço com mesa e cadeiras.

As tendas canadianas são fabricadas com tecido de algodão impermeabilizado, protegidas por uma cobertura extra do mesmo material e erguidas sobre um deck de madeira onde cada uma tem o seu terraço. O interior das tendas tem o conforto de um quarto com camas e mobiliário artesanal, podendo estar preparadas para duas a quatro pessoas. Junto à zona das tendas existem balneários partilhados com casas de banho e duches.

Literalmente “enterrados” na paisagem circundante da Lagoa de Óbidos, os quartos independentes do hotel Rio do Prado são um exemplo no que toca a inovação em sustentabilidade ecológica no turismo. Tudo foi pensado de raiz de modo a diminuir ao máximo o impacto causado na paisagem, ao mesmo tempo que se conseguiu um design moderno que prima pela qualidade. As suites são grandes cubos cobertos de vegetação, abertas à paisagem, que integram e transformam, por grandes janelas. Este revestimento não é apenas disfarce estético, mas ajuda à climatização natural dos espaços. O mesmo efeito é potenciado pelas portadas de eucalipto reutilizado da floresta circundante.

No local, existe um laboratório para a promoção de eco-design (Eco Lab) e a decoração dos quartos parte também deste princípio. Os espelhos e portas elaboradas com resíduos das madeiras da obra; os tapetes feitos a partir de restos de tecidos; os puxadores das portas das suites feitos a partir de resíduos de cordas e as mesas de apoio e decoração feitas a partir de madeira de carvalho são apenas alguns dos muitos exemplos de que a reutilização, para além de ecológica, pode gerar produtos bonitos e de qualidade.

O espaço exterior do hotel é um verdadeiro oásis. Um enorme relvado que se continua na cobertura verde dos quartos, onde apenas se circula a pé ou de bicicleta é regado pela água de dois lagos que não só são paisagem como servem para fazer a captação da água das chuvas. O edifício do Spa segue os mesmo princípios dos quartos e tem 2 piscinas exteriores, sauna, banho turco, float room e um programa de massagens. No restaurante Maria Batata servem pratos confecionados com os produtos biológicos certificados produzidos na propriedade. Há ainda um espaço de leitura e um bar de gins junto a um dos lagos, virado para o pôr do sol.

A Biovilla é uma cooperativa, situada no Vale de Barris, em pleno coração do Parque Natural da Serra da Arrábida. Nasceu da vontade dos seus fundadores e cooperantes de criar um espaço que trouxesse a sustentabilidade ao dia a dia das pessoas e de promover a regeneração da paisagem ecológica, social e económica.

O projeto está inserido numa propriedade de 55 hectares, onde foram construídas duas casas utilizando madeira reciclada e técnicas de arquitetura bioclimática. Numa das casas disponibilizam estadias através de quatro quartos duplos/twin ou triplos, com duas casas de banho partilhadas e equipadas com produtos de higiene 100% naturais e biodegradáveis.

Na casa principal há uma sala comum e de refeições, cozinha e mercadinho biológico. Está rodeada por uma enorme varanda com vistas para os pores do sol incríveis da serra e onde se podem fazer refeições. Estas são cozinhadas pela equipa, com os produtos da horta biológica que cultivam.

É um lugar de uma imensa tranquilidade, rodeado pelas serras do Louro e de São Luís que se podem explorar em trilhos que partem do portão da Biovilla. Aqui vem-se para relaxar e estar em contacto com a natureza, mas também para aprender sobre a sustentabilidade e a regeneração da natureza.

A Reserva Alecrim (previamente Eco Suites Resort) é uma propriedade de 28 hectares, localizada numa colina no litoral alentejano, entre a Comporta e a Costa Vicentina, entrando em Santiago do Cacém. Cultivando e respeitando o entorno rural onde surgiu, transmite também aquela tranquilidade da costa, quer pela proximidade às praias, quer pelas magníficas vistas para as lagoas de Santo André e Melides.

Mas para mergulhos, não faz falta sair do resort. No cimo da colina, como se a coroasse, existe uma piscina biológica cujas margens, repletas de juncos e nenúfares, imitam um lago natural e permitem a filtração da água sem químicos. Ao lado desta, também encimando a propriedade e com vista para as lagoas, uma piscina infinita convida a celebrar o pôr do sol, ao ritmo dos sons africanos que saem do bar que a apoia na celebração.

As 33 tendas safari, domes e eco-suites distribuem-se por áreas diferentes da colina permitindo ambientes distintos, mas garantindo sempre o conforto e o contacto com a natureza. Há unidades com um ou dois quartos e todas têm cozinhas equipadas e terraços privados. Existem ainda três casas de campo com três quartos, piscina externa privada, uma cozinha moderna, lareira externa e áreas para refeições ao ar livre.

O Imani Country House nasceu de uma história de amor. Mariana Roxo e Zé Pedro Vasconcelos conheceram as ruínas da Quinta de Montemuro e apaixonaram-se pelo lugar. Depois de muito trabalho de limpeza e restauro, mantendo o possível da antiga herdade de 11 hectares, criaram um turismo rural de luxo, que valoriza a tradição alentejana e tem como prioridade a preservação e o respeito pela natureza.

Os sete quartos nasceram das antigas cavalariças e são um ninho de conforto e individualidade com chão de madeira e paredes brancas. Todos têm decoração personalizada, lareiras e terraços privados. Em torno deste edifício, no meio de grandes relvados e árvores há 2 piscinas, um alpendre com uma cama de rede, uma mesa de matraquilhos e um honesty bar. No resto da propriedade distribuem-se pomares, jardins e oliveiras centenárias, por onde passeiam dois burros e um rebanho de ovelhas.

O restaurante oferece cozinha alentejana de autor, focada na sazonalidade e nos produtos da horta biológica da quinta. É também um espaço onde se pode jogar uma partida de snooker, ler um livro no sofá ou beber um copo de vinho junto à salamandra. Tem ainda uma loja onde se vende o vinho e azeite produzidos na quinta.

Como ONG e associação sem fins lucrativos para projetos educativos, a Quinta do Vale da Lama existe desde 1994. Começou como uma pequena quinta de permacultura com campo de férias e cresceu até à atual dimensão de 42 hectares. Um crescimento acompanhado de regeneração dos solos, criação de agrofloresta, hortas, pastagens sustentáveis e criação de galinhas, ovelhas e burros.

A Casa do Vale da Lama, aberta a hóspedes, começou em 2015 e mantém os preceitos de enquadramento e respeito pelo meio envolvente bem como a componente educativa, disponibilizando várias experiências no terreno da quinta. Organizam também atividades como massagens, aulas de yoga e surf.

Na casa, dispostos lado a lado, existem nove quartos com mezzanine e área de estar que podem albergar de duas a quatro pessoas. O relvado exterior, a piscina de sal e o pátio privado com cadeirão e rede de descanso são trazidos para dentro através dos janelões, que ocupam a totalidade de uma das paredes. Dentro do quarto, continuam a reinar a sustentabilidade e a natureza com móveis antigos restaurados e materiais naturais.

As áreas comuns mantêm esta traça e são, ao mesmo tempo, espaçosas e acolhedoras. Há uma biblioteca na mezzanine e a sala principal, com uma lareira ao meio e uma grande mesa de jantar. Divide-se ainda numa zona de estar com sofás e uma zona de bebidas e snacks self-service como as kombuchas feitas na quinta, sumos caseiros, café, chá e lanches. Existe também um grande alpendre exterior com zona de estar e refeições, e um deck de madeira com espreguiçadeiras em torno da piscina. Na cozinha, preparam-se refeições vegetarianas para os hóspedes que o desejem.