Portugal

7 incríveis cascatas que vale a pena conhecer em Portugal

Perfeitas para dias de aventura e descanso, estas cascatas são autênticos paraísos por descobrir

 

Rumo ao desconhecido, achamos que conhecemos o nosso país de lés a lés. Que Portugal é uma pequena nação à beira-mar plantada e está tudo visto. Todos nós já fizemos uma roadtrip pelo sudoeste Alentejano, andámos no cacilheiro e nunca nos esqueceremos daquele fim de semana cheio de neve na Serra da Estrela. Mas há muito mais para conhecer. Valerá a pena ir para longe se ainda há tanta coisa para ver aqui tão perto?

Num país de descobridores, é de esperar que esta atividade faça parte do nosso ADN. Que a novidade suplante sempre o já conhecido. Quando o expectável é seguir em direção ao mar, aquele clássico de sempre, uma ida ao interior para um encontro com a natureza mais recôndita e a descoberta das mais deslumbrantes cascatas em Portugal, pode ser uma opção surpreendente.

Pode ser porque num jantar de amigos haverá novas histórias para contar. Ninguém quer ser o mainstream do grupo, o que vai sempre à mesma praia todos os anos. Por isso, venha daí conhecer as melhores cascatas em Portugal, de norte a sul do país e até mesmo nas ilhas. E se quiser passar a noite lá perto, também incluímos algumas dicas para si. Pronto para partir à descoberta?

 

Cascata do Tahiti no Gerês

Pensar em cascatas é pensar no Parque Nacional Peneda-Gerês. Qualquer português, independentemente da região da qual é oriundo, sabe que o mundo das cascatas está no Gerês. Todo o parque nos transporta para uma espécie de lugar místico e envolto em suspense. Esta envolvência peculiar, por sua vez, transmite-nos um sentimento de arrebatamento pela fauna e flora endémica e paisagens naturais únicas que ali existem. Existem várias cascatas neste parque, mas aqui, focamo-nos na Cascata do Tahiti como um exemplar do melhor que há no nosso Portugal.

Para chegar à cascata é preciso seguir na estrada que liga Fafião à Ermida e estacionar o carro perto da ponte sobre o Rio Arado. O uso de calçado adequado é importante para chegar às águas cristalinas e assim tirar o melhor partido possível de uma das cascatas mais bonitas do Gerês. Escusado será dizer que o Norte é conhecido pela sua gastronomia fantástica e por isso o melhor será mesmo aliar esta visita à cascata, a uma paragem para apreciar um bom vinho verde e uns rojões à moda do Minho. Quem diz uma paragem, quer na verdade dizer duas ou três.

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Cascata do Rio Poio em Trás-os-Montes

Muito provavelmente, Rio Poio não dirá muito à maioria das pessoas e é uma pena. Esta cascata situa-se na zona de Ribeira de Pena, em Trás-os-Montes, perto também da aldeia de Cerva. Não tem a largura e as vinhas do Rio Douro, a ponte vermelha característica do Rio Tejo ou os golfinhos do Sado, mas tem a seu favor o facto de não ter multidões absurdas e o magnífico som dos passarinhos em seu redor.

As suas águas são cristalinas e no seu percurso é possível encontrar penedos muito grandes, nas escarpas que rodeiam as suas margens. Estes, pela sua robustez e imponência dão a este local, uma sensação de grandiosidade e esplendor. Além disso, ao longo do rio há pequenas lagoas, moinhos de água antigos e cascatas que levam até ao ex-libris deste local, a cascata Cai d’Alto.

O percurso para lá chegar pode ser demorado pelo que é importante levar água, chapéu, alguma comida e calçado confortável. Demorado é mesmo demorado. A ida e volta podem chegar a ser seis horas. Os caminhantes mais experientes poderão fazê-lo em menos tempo, mas para quem viaja com crianças há que ter em conta que pode demorar um pouco mais. Não obstante do tempo a despender, o foco é e deverá ser sempre, não perder a oportunidade de aceder a este local bucólico.

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Cascata da Frecha da Mizarela na Serra da Freita em Aveiro

Há quem diga que a Frecha da Mizarela, na Serra da Freita, é um dos segredos mais bem guardados de Portugal. Para falar sobre este local é imprescindível falar sobre algo que muito provavelmente parece saído de uma história de fantasia – as Pedras Parideiras. Estas consistem num fenómeno raro, no qual existe a criação de novas pedras a partir de pedras existentes, e são comuns nesta zona. Para além de vários percursos pedestres, existe um centro de interpretação, onde é possível entender esta maravilha da geologia e visitar também os já célebres, Passadiços do Paiva.

No entanto, o que é realmente impressionante, e que não é do conhecimento geral, é que aqui existe uma das cascatas mais altas da Europa com cerca de 75 metros. Um fim de semana prolongado é o que basta para passar algum tempo nesta zona e para além de observar todas as maravilhas acima descritas, desfrutar dos sabores da gastronomia tradicional desta região. Provar uma boa posta arouquesa é uma atração a não perder. Se quiser experimentar esta especialidade, sugerimos o restaurante Casa no Campo ou o Parlamento, ambos localizados em Arouca.

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Cascata Fraga da Pena no Centro de Portugal

Porque no centro do nosso país também está a virtude, era impossível não mencionar a maravilhosa Fraga da Pena. Esta cascata encontra-se na Paisagem Protegida da Serra do Açor e é o local perfeito para abraçar a tranquilidade e esquecer a loucura e entropia da cidade barulhenta. Existe um trilho de dificuldade média de 2,5 km para um passeio sereno e a queda de água tem uma altura de 19 metros. Porque o xisto é o imperador desta região, é possível ver uma grandiosa fraga de xisto, onde a cascata cai, formando uma lindíssima piscina natural. Por ser tão inóspito, é importante referir que não existe nenhum sítio para comprar água ou comida, pelo que é importante levar alguns mantimentos para a caminhada.

Nas suas redondezas é possível encontrar outras maravilhas que embora conhecidas, não são ainda extensamente visitadas, como é o caso de Piódão e Foz d’Égua.

Foz d’Égua é provavelmente uma das praias fluviais mais belas do nosso país e também ela cenário perfeito para uma boa sessão de fotografias (é possível que a autora deste artigo já tenha lá estado munida de uma boia gigante em formato de unicórnio. Existe essa possibilidade embora esta não tenha sido completamente confirmada até à publicação deste artigo).

Piódão tem uma beleza de carácter mágico por parecer quase irreal de incrível que é o contraste das suas casas de xisto com a Igreja da Matriz completamente branquinha. Não há como dizer que conhecemos Portugal realmente sem passar um tempo nesta zona digna de postal.

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Cascata Queda do Vigário no Algarve

Flávio Mendoça

Pensar em Algarve é pensar em praias de areia branca, bolas de berlim, festas em Vilamoura, gruta de Benagil, surf em Sagres e provavelmente marisco e peixinho grelhado. O Algarve é tudo isso. Quem achar que não há mais Algarve para descobrir do que o descrito acima, vai certamente ficar surpreso com os tesouros que a região tem para oferecer. O Algarve interior é ainda um segredo por desvendar e uma boa maneira de evitar a multidão habitual.

Alte é conhecido por ser a aldeia mais típica e pitoresca do Algarve. Há quem diga que lhe dão este título devido às casas caiadas impecavelmente de branco e às chaminés rendilhadas. Há quem diga que as fontes, a Fonte Pequena e Fonte Grande, lhe dão um sabor a antigamente por relembrar o local de encontro das mulheres de outrora, quando estas vinham aqui lavar a roupa. Queremos acreditar que é também a Queda do Vigário, uma cascata escondida, que lhe dá uma razão para muitos fugirem das massas e encontrarem aqui o seu espaço de tranquilidade. Recentemente, atendendo à maior afluência, a área envolvente foi requalificada e existem agora mais infraestruturas de apoio. O seu acesso é bastante fácil, num caminho após o estacionamento, junto ao cemitério de Alte. É um local belíssimo para um bom dia passado em família para quem ainda desconhece este lado do Algarve.

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Cascata Ribeira dos Caldeirões nos Açores

Quando pensamos em beleza natural é quase inevitável não pensar nos Açores. Com a sua paisagem verde e florida, as suas inúmeras lagoas e a boa comida, os Açores são o destino ideal para umas férias de imersão cultural com um misto de aventura. Não há Açores sem vacas em prados verdes imensos, não há Açores sem hortênsias e não há Açores sem lagoas. A Ilha de São Miguel, a maior do arquipélago, tem algumas atrações de renome como a Lagoa das Sete Cidades, a das Furnas ou a do Fogo. Todas indispensáveis e é certamente um pecado não incluí-las na sua bucket list.

No entanto, numa ilha como esta, onde é tudo deslumbrante, é possível sair do roteiro mais convencional e encontrar uma pérola escondida, o Parque Natural da Ribeira dos Caldeirões. Este é, sem dúvida, um dos locais que deve visitar na região do Nordeste, devido à sua biodiversidade e à aclamada queda de água. Para além do museu etnográfico e da variadíssima vegetação, a oportunidade de observar uma impressionante cascata irá certamente enriquecer o dia de quem por aqui passeia. Uma das características desta zona que a torna uma escolha perfeita para uma viagem em família é a existência de um parque de merendas e um espaço infantil. Assim, também os mais pequenos poderão descobrir os encantos que o nosso planeta terra tem para nos oferecer.

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Cascata das 25 fontes na Madeira

A chamada Pérola do Atlântico, de clima agradável quase todo o ano, é um paraíso na terra. Falamos, obviamente, da ilha da Madeira. Chegando ao Funchal, depois de visitar as casinhas de Santana, nadar nas piscinas naturais e provar a poncha e a tradicional espetada em pau de louro, é indispensável programar uma caminhada numa levada.

O que são levadas? As levadas são canais antigos de irrigação que existem ao longo da ilha e que levam à descoberta do seu interior mais oculto e virgem. Estas construções são seculares e servem para permitir a manutenção do cultivo. Fazer uma caminhada numa levada é fugir da cidade por um dia e desconectar para conectar com a natureza. O trilho conhecido como a Levada das 25 Fontes, com a duração de cerca de 3 horas, está todo assinalado por placas, e tem a particularidade de nos mostrar uma lagoa alimentada por várias cascatas, inclusive a Cascata das 25 Fontes. A vegetação é variada e o percurso é de baixa dificuldade, sendo acessível para passeios em família. Já que está na Madeira, porque não aproveitar para ir ao mercado e provar aquelas combinações de frutas estranhas. Perfeito será escolher um bom maracujá-banana no Mercado dos Lavradores, fazer um farnel e seguir rumo à cascata.

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