Lisboa

5 aldeias próximas de Lisboa para descansar da cidade

Cinco destinos imperdíveis perto de Lisboa e alojamentos onde ficar

 

Ribeirinhas, costeiras, serranas. Mais ou menos típicas. Misteriosas, tranquilas, veranis. Há aldeias portuguesas para todos os gostos. E, ao contrário do imaginário de muita gente, não é preciso afastarmo-nos muito de Lisboa para conhecer algumas delas. Seja para um passeio de um dia, uma escapadinha de fim de semana na Natureza ou mesmo umas férias, existem várias opções para descansar do bulício da capital, sem ser preciso viajar para longe. Damos-lhe a conhecer cinco aldeias que pode explorar, a menos de duas horas de Lisboa.

Azenhas do Mar

As casas brancas penduradas na falésia, qual presépio costeiro, são o cartão postal da aldeia das Azenhas do Mar, em Sintra. O seu nome provém das azenhas que ladeavam a ribeira do Cameijo, que quebrou a arriba e deu origem à topografia que hoje se vê. Uma destas azenhas encontra-se recuperada na base das escadas que descem à praia. A aldeia desenvolveu-se ao longo da ribeira, espalhando-se encosta acima e, tradicionalmente era a morada dos moleiros, agricultores e pescadores da região.

No lugar onde o curso de água chega ao mar, existe uma praia, uma pequena piscina oceânica e um restaurante conhecido pela qualidade do peixe fresco e mariscos e pelos magníficos finais de tarde virados para o pôr do sol. Durante o verão, tem também um bar de praia com sofás e música ao vivo.

Esta aldeia costeira, perto de Lisboa, vale a visita por si só. Pelas vistas, para caminhar pelas ruelas estreitas e empinadas e apreciar as casinhas caiadas e com azulejos ou para dar um mergulho. Mas vale a pena também explorar os trilhos de caminhada e BTT, que percorrem o topo das falésias para sul, até à Praia das Maçãs e para norte, até à do Magoito.

Um pouco mais para o interior estão as tradicionais vinhas da casta Ramisco, usadas no Vinho de Colares. Estas vinhas são muito características, plantadas em solo arenoso e protegidas por muros de pedra solta e canas, para travar a maresia. A aldeia das Azenhas do Mar possui uma das mais antigas adegas particulares deste vinho. A Adega Beira Mar, criada em 1900, ainda hoje comercializa Vinho de Colares, sendo mesmo a única que exporta para os mercados internacionais e pode ser visitada durante a semana, mediante marcação prévia.

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Aldeia do Meco

40 quilómetros separam Lisboa da Aldeia do Meco. Com apenas dois quilómetros e 400 habitantes, a sua fama excede largamente o seu tamanho, mas é totalmente merecida. Esta pequena aldeia, tradicionalmente de agricultores, tornou-se sinónimo de verão, praia e petiscos no Sr. Domingos, mas é um refúgio de tranquilidade e beleza em qualquer época. Com a Lagoa de Albufeira bem perto e uma grande extensão de pinhais, é um lugar perfeito para passeios ao ar livre ou de bicicleta, quando as temperaturas começam a baixar. E seja verão ou inverno, para bronzear ou passear, os quilómetros de areal permitem experiências de praia para todos os gostos.

A Praia do Moinho de Baixo, “Praia do Meco” para toda a gente, é a mais próxima da aldeia e a que tem melhores acessos. Ali, o Bar do Peixe é lugar de encontro de várias gerações que fazem do Meco a sua segunda casa e dos visitantes ocasionais. Para além do peixe fresco e marisco, é conhecido pelos jarros de sangria branca, bebidos ao pôr do sol. Na direção da Lagoa de Albufeira, para a direita da Praia do Meco, está a praia de Alfarim, para quem gosta mais de praias selvagens. O acesso é feito por uma longa escadaria de madeira e a praia não é vigiada, tornando-a menos ocupada. A aldeia que lhe dá o nome, Alfarim, está a dois quilómetros da Aldeia do Meco e é conhecida pelo pão e pelas broas. Vale a pena sair de casa de manhã e ir até lá buscá-lo ainda a fumegar para o pequeno-almoço.

Mais para sul, junto ao parque de campismo Campimeco e no fundo de uma falésia (o acesso é feito por uma escada de madeira) está a praia da Bicas. É das mais bonitas, emoldurada pelas escarpas amareladas e, desde há dois anos, tem vigilância de nadador-salvador durante a época balnear. É daqui também que se fazem muitas descolagens de parapente para voos ao longo da costa e a empresa Flytime organiza batismos de voo para quem queira experimentar sobrevoar a praia, em tandem.

Continuando para sul, na direcção da Azóia, chega-se ao Cabo Espichel, um incontornável da região. Para além das impressionantes vistas sobre o Atlântico e as falésias, tem ainda o monumental Santuário de Nossa Senhora da Pedra Mua e Igreja de Nossa Senhora do Cabo a servirem de porta de entrada ao promontório. Daqui partem (ou chegam) várias rotas de caminhada e BTT.

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Santa Susana

A 1h30m de Lisboa, no concelho de Alcácer do Sal, esta pequena aldeia típica alentejana é considerada por muitos a mais bonita da região. Nas suas seis ruas, as casas de um andar, caiadas de branco, com uma barra azul nas janelas e nas portas, alinham-se geometricamente. A pintura é renovada a cada dois anos, pelos moradores, que até pintam as casas desabitadas vizinhas, tal é o orgulho que têm no modelo que é a sua aldeia.

A história da aldeia de Santa Susana remete aos anos 50. Os trabalhadores agrícolas que chegavam para trabalhar no Alentejo foram alojados na propriedade dos primos Henrique Fernandes e Manuel Louro. Alguns anos mais tarde, esses trabalhadores trouxeram as suas famílias e transformaram o espaço no que hoje é a aldeia. Algumas das portas de entrada ainda têm as iniciais dos primos Henrique e Manuel, juntamente com a data em que foram construídas.

A Igreja Matriz, de estilo barroco e com mais de 500 anos, apresenta a mesma pintura das casas e tem à sua porta o cruzeiro com uma cruz em granito, que é património cultural. Existem apenas dois restaurantes, o Coelho e o Mondina, onde se podem provar pratos típicos da região. O Mondina gaba-se de ter as melhores migas à alentejana com coelho frito. É de ir comprovar.

Nas redondezas da aldeia foram feitos achados arqueológicos como machados pré-históricos e uma pulseira de ouro maciço datada da idade do bronze. Existe também uma mina de carvão denominada Mina da Ordem, uma vez que a freguesia foi uma capelania da Ordem de Santiago.

Uma das tradições mais conhecidas é o Madeiro de Natal. A 25 de dezembro é acesa uma lareira no largo principal, que só é apagada no Ano Novo. Os moradores vão alimentando o fogo com lenha durante o dia. Organizam-se ainda as festas de Santa Susana, a 13 de maio, e as festas tradicionais, a 15 de agosto.

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Pia do Urso

A Aldeia da Pia do Urso é uma típica aldeia serrana, junto ao Parque Natural das Serras de Aires e Candeeiros, a 130 km de Lisboa. É um lugar carregado de lendas e histórias, num entorno natural que acrescenta o verde às pedras das construções e das formações geológicas que lhe dão o nome. As “pias” resultam de pequenas fraturas na rocha, provocadas pela retenção de água pluvial que forma cavidades onde esta se acumula. Segundo a lenda, havia neste lugar um urso que vinha beber água a uma das pias. Verdade ou não, o nome ficou.

Certo certo, é que a aldeia fica numa encruzilhada de vias romanas das quais se salienta a que ligava a Olissipo (Lisboa) e Collipo (Batalha/Leiria). Mais tarde, em 1385, passaram por aqui os exércitos chefiados por D. Nuno Álvares Pereira, provenientes de Ourém a caminho de Aljubarrota e, quinhentos anos depois, as tropas invasoras de Napoleão Bonaparte.

Atualmente, a aldeia foi toda recuperada no seu estilo tradicional, com casas de pedra e madeira, ruas calcetadas e muitas flores. Há alguns restaurantes, cafés e lojas com produtos típicos da zona.

Na parte mais elevada da aldeia tem início o Parque Eco-sensorial da Pia do Urso. Com um circuito pedestre que procura aliar a natureza envolvente com a madeira e a pedra, apresentando várias estações interativas e lúdicas, faz a delícia de miúdos de todas as idades. Este parque tem ainda a particularidade de estar adaptado a pessoas invisuais apresentando várias representações gráficas e painéis em braille e em baixa visão, explicando cada estação. Ao longo do caminho, que se faz por entre as árvores, podem-se ver também as “pias” características. Uma delas tem até a estátua de um urso, em honra da lenda do lugar.

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Dornes

Dos vários epítetos atribuídos a Dornes, “Península Encantada” é talvez o mais abrangente. Esta aldeia, distribuída na crista de uma língua de terra que entra pelo rio Zêzere, sobressai do verde das árvores que a envolvem e encanta pelo entorno natural e pelas várias estórias que a sua história não confirma nem desmente.

O mistério começa pela origem da aldeia (que já foi até sede de concelho, mas não ultrapassa agora os 500 habitantes). Acredita-se que será anterior à fundação de Portugal, o que parece ser comprovado por escavações arqueológicas. A construção da Torre Pentagonal, que é uma das suas atrações principais, é atribuída aos templários, mas pensa-se que terá sido construída sobre a base de uma antiga torre romana. Certo é, que é um exemplar único no país de uma torre defensiva com esta forma. Destaca-se, em tons de xisto, ao lado do Templo da Nossa Senhora do Pranto que tem como padroeira a Rainha Santa Isabel, estando, por isso, também carregado de misticismo. O seu interior está forrado a azulejos e tem um belíssimo órgão de tubos e um púlpito renascentista, de 1544.

A localização, em plena albufeira do rio Zêzere, faz desta aldeia ribeirinha perto de Lisboa o local ideal para mergulhos e passeios de barco. Existe uma praia fluvial e um pequeno cais onde também se pode fazer ski aquático e wakeboard. E para manter a visita ativa, não faltam trilhos pedestres na zona. O trilho Dornes — Vigia do Zêzere, por exemplo, é uma pequena rota circular que atravessa a aldeia e segue depois por caminhos florestais, com paisagens de cortar a respiração sobre a península de Dornes e a albufeira de Castelo de Bode.

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